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Comunicado importante aos bolsistas Capes do PPGCCV
Comunicado importante aos bolsistas Capes do PPGCCV

Pedimos aos bolsistas Capes que tiveram alguma alteração nos dados bancários (mudança de agência etc) que avisem à Secretaria pelo e-mail poscardiovascularuff@gmail.com, até o dia 18/03, às 14h, para que possamos repassar as informações atualizadas à PROPPi.

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Revista Saúde Online publica entrevista com Prof. Claudio Tinoco sobre poluição e doenças cardiovasculares

Poluição causa mais mortes por males cardiovasculares que doenças crônicas

Segundo um artigo, a imundície do ar provoca mais óbitos por infarto, AVC e afins do que diabetes ou obesidade, por exemplo. O que fazer?

Poluição ambiental é a segunda maior causadora de mortes por doenças cardiovasculares. (Foto: Paulo Liebert/SAÚDE é Vital)

 

Um artigo científico publicado recentemente na Revista Circulation, da Associação Americana do Coração, ressalta que a poluição do ar foi responsável por cerca de 3,3 milhões de mortes no mundo decorrentes de doenças cardiovasculares em 2016. O assustador é que esse dado supera o número de óbitos atribuídos a problemas crônicos, como tabagismo (2,48 milhões), obesidade (2,85 milhões) e diabetes (2,84 milhões). Apenas a hipertensão arterial mata mais gente por problemas como infarto ou AVC.

Pois é: a poluição ambiental não só agrava problemas respiratórios, como rinitebronquite e pneumonia. Segundo Claudio Tinoco, diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), a contaminação atmosférica leva a uma maior agressão dos vasos sanguíneos. Isso, por sua vez, favorece a aterosclerose – uma formação de placas de gordura nas paredes internas das artérias que pode obstruir o fluxo do sangue no coração ou no cérebro, por exemplo.

Além disso, de acordo com o médico, a exposição ao ar sujo aumenta a pressão arterial, a frequência cardíaca e a inflamação dos vasos. São alterações que, com o tempo, bagunçam a saúde cardiovascular.

No artigo, os autores destacam que algumas pessoas devem se preocupar mais com a poluição. Fazem parte do grupo de risco: idosos, obesos, diabéticos e quem já tem problemas cardíacos.

Dá para escapar da poluição?

Mas como o morador de uma grande cidade pode prevenir doenças cardiorrespiratórias ocasionadas pela contaminação do ar? A verdade é que a poluição se espalha bastante, o que torna praticamente impossível fugir completamente dela.

Os autores do artigo sugerem, ao dirigir, manter as janelas do carro fechadas e deixar o ar condicionado ligado. Só tem que limpar bem o filtro de vez em quando!

Nos dias em que o ar está cinzento, vale a pena até fechar a casa. E para quem usa forno à lenha, é importante manter o ambiente ventilado.

Segundo a publicação, há evidências de que suplementos alimentares de vitaminasantioxidantes e ômega-3 ajudam a proteger o coração contra disfunções desencadeadas pela poluição. Porém, eles só devem ser engolidos após uma consulta com o médico.

Claudio Tinoco ainda dá dicas envolvendo os exercícios: “Todas as pessoas precisam ser estimuladas a fazer atividades físicas, mas as sedentárias não deveriam iniciar a prática em ambientes com altos níveis de poluição”. Segundo o doutor, a movimentação regular protege o coração, porém a imundície atmosférica chega a anular esse benefício.

“Quem faz parte do grupo de risco deve evitar se exercitar em lugares com muitos automóveis, como avenidas de grande circulação”, ensina Tinoco. Ao suar a camisa, priorize momentos fora da hora do rush.

Agora, o cardiologista afirma que os médicos e a sociedade têm o papel social de cobrar o poder público por um controle rígido da poluição ambiental. Assim, todos respiraremos um ar mais saudável.

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